SALMO 61 (60)
Prece de um exilado[i]
1 Do mestre de canto. Com instrumentos de corda. De Davi.
2 Ó Deus, ouve o meu grito,
atende à minha prece!
3 Dos confins da terra te invoco
com o coração desfalecido.
Eleva-me sobre a rocha! Conduze-me![ii] [1]
4 Porque és abrigo para mim,
torre forte à frente do inimigo.[2]
5 Habitarei em tua tenda para sempre,
abrigar-me ao amparo de tuas asas.[3] Pausa
6 pois tu, ó Deus, atendes os meus votos,
e me dás a herança dos que temem o teu nome.
7 Acrescenta dias aos dias do rei,
sejam seus anos gerações e gerações.[4]
8 Permaneça sempre no trono em presença de Deus,
e Amor e Fidelidade o protejam.[iii] [5]
9 Assim tocarei ao teu nome sem cessar,
dia por dia cumprindo meus votos.
[5] Sl 40,12; 72,5; 85,11s; 89,5; 89,15; 89,25; 89,30; 89,34; 89,37 // Pr 20,28
[i] À lamentação do levita exilado longe do monte Sião (vv. 2-6) une-se uma prece pelo rei (vv. 7-8).
[ii] E a Rocha do Templo, objeto da nostalgia do salmista. Este Sl poderia datar da primeira deportação, em 598 (cf. 2Rs 24,14s), e o Templo ainda não deve estar destruído.
[iii] Estes atributos divinos personificados acompanharão o Rei-Messias (Sl 85,11s; 89,15; 89,25), assim como protegem o rei (Pr 20,28) ou o levita fiel (Sl 40,12). Os vv. 7-8 podem ser antiga prece pelo rei, mas sua insistência sobre reino indefinido encontra a profecia de Natã (2Sm 7,16; 1Cr 17,14), e sua estreita semelhança com passagens messiânicas dos Sl 72 e 89, autoriza sua aplicação ao Rei-Messias.