Salmo 1[i]
Os dois caminhos
1 Feliz o homem
que não vai ao conselho dos ímpios,
não para no caminho dos pecadores,
nem se assenta na roda dos zombadores.[1]
2 Pelo contrário:
seu prazer está na lei de Iahweh,
e medita[ii] sua lei, dia e noite.[2]
3 Ele é como árvore
plantada junto a riachos:
dá seu fruto no tempo devido
e suas folhas nunca murcham;
tudo o que ele faz é bem sucedido.[3]
4 Não são assim os ímpios!
Pelo contrário:
são como a palha que o vento dispersa…[4]
5 Por isso os ímpios não ficarão de pé no Julgamento,[iii]
nem os pecadores no conselho dos justos.
6 Sim, Iahweh conhece o caminho dos justos,
mas o caminho dos ímpios perece.[5]
[1] Jr 2 1,8 // Dt 30,15-20 // Pr 4, 18-19 // &Mt 7,13-14
[2] Js l, 8 // Sl 119,148
[3] Jr 17, 8 // Ez 47,12 // Sb 5,l // Lc 21, 36
[i] Os Sl 1 e 2 se apresentam como o prefácio do Saltério, resumindo sua doutrina moral e ideias messiânicas. O Sl 1, opondo “os dois caminhos”, celebra a Lei, dada aos homens para sua felicidade (cf. Sl 19, 8-15 e 119).
[ii] Lit.: “murmura”. Tal recitação em voz baixa é meditação (cf. Sl 63, 7; 77, 13; 143, 5), que se opõe ao grito da prece na provação (cf. Sl 3, 5; 5, 3 etc.).
[iii] O julgamento escatológico, segundo o texto massorético; julgamento qualquer de Deus nesta vida , segundo o grego.