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O sacerdócio e os sacrifícios[i] A. O holocausto –18Iahweh falou a Moisés e disse:
29″Ordena a Aarão e a seus filhos o seguinte:
Este é o ritual do holocausto. (É o holocausto que se encontra sobre o braseiro do altar, durante a noite até a manhã e que o fogo do altar deve consumir.)[ii]
310O sacerdote vestirá sua túnica de linho e com um calção de linho cobrirá o seu corpo. Depois retirará a cinza gordurosa do holocausto queimado pelo fogo sobre o altar e a depositará ao lado do altar. 411Retirará, então, as suas vestes; vestirá outras e transportará esta cinza gordurosa para um lugar puro, fora do acampamento.[1]
512O fogo que consome o holocausto sobre o altar não se apagará jamais. Cada manhã o sacerdote lhe acrescentará mais lenha. Sobre ele disporá o 1i holocausto e nele queimará as gorduras dos sacrifícios de comunhão.[2] 613Um fogo perpétuo arderá sobre o altar, sem jamais apagar-se.
- A oblação – 714Este é o ritual da oblação:
Após haver um dos filhos de Aarão trazido a oblação diante do altar, na presença de Iahweh,[3] 815e separado um punhado de flor de farinha (com azeite e todo o incenso que a ela se acrescentou), e após ter queimado no altar o memorial de perfume de agradável odor a Iahweh, 916Aarão e seus filhos comerão a parte restante, em forma de pães sem levedura. Comê-la-ão em um lugar puro, no átrio da Tenda da Reunião.[4] 1017Não se cozerá com levedo a porção das minhas oferendas queimadas que lhes dou. É uma porção santíssima, como o sacrifício pelo pecado e o sacrifício de reparação. 1118Todo varão dentre os filhos de Aarão poderá comer dessa porção das oferendas queimadas de Iahweh (é uma lei perpétua para todos os vossos descendentes), e todo o que nela tocar será sagrado”.
1219Iahweh falou a Moisés e disse-lhe:[iii]
1320″Esta é a oferenda que Aarão e seus filhos farão a Iahweh, no dia da sua unção: um décimo de medida de flor de farinha como oblação perpétua, metade de manhã e metade de tarde. 1421Será preparada na assadeira, com azeite, bem mexida; trarás a massa na forma de oblação, em diversos pedaços que oferecerás em perfume de agradável odor a Iahweh. 1522O sacerdote que entre seus filhos receber a unção procederá do mesmo modo. É uma lei perpétua.
Esta oblação será queimada inteiramente para Iahweh. 1623Toda oblação feita por um sacerdote deve ser um sacrifício completo; dela não se comerá”.[iv]
- O sacrifício pelo pecado – 1724lahweh falou a Moisés e disse: 1825″Fala a Aarão e a seus filhos e dize-lhes:
O ritual do sacrifício pelo pecado é o seguinte:
A vítima será imolada diante de Iahweh, no mesmo lugar onde se imola o holocausto. É coisa santíssima.[5] 1926O sacerdote que oferecer este sacrifício a comerá. Comê-la-á em um lugar sagrado, no átrio da Tenda da Reunião. 2027Todo aquele que tocar a carne da vítima será sagrado e, se o sangue salpicar as vestes, a mancha será lavada cm um lugar sagrado. 2128O vaso de argila em que a carne for cozida será quebrado e, se for cozida em um vaso de bronze, este será esfregado e bem lavado na água. 2229Todo varão entre os sacerdotes poderá comer dela; é coisa santíssima;[v] 2330mas não se comerá nenhuma das vítimas oferecidas pelo pecado, cujo sangue tenha sido levado à Tenda da Reunião para fazer expiação no santuário: serão queimadas no fogo.
[2] 2Mc 1,18-36
[i] Os caps. 1-5 tratam dos sacrifícios do ponto de vista da matéria do sacrifício. Os caps. 6-7 o fazem do ponto de vista da função e dos direitos do sacerdócio.
[ii] Segundo Ez 46, 13-15, o holocausto perpétuo não comporta senão um sacrifício diário, o da manhã, o que está de acordo com o uso da época monárquica (cf. 2Rs 16,15), que distingue o holocausto da manhã da simples oblação da tarde (cf. 1Rs 18,29). Segundo Ex 29,38-42 e Nm 28,3-8,deve haver um holocausto de manhã e outro de tarde. Aqui o holocausto da manhã é prescrito no v. 5; o da tarde está implícito no v. 2b, mas esta frase desajeitada parece ser acréscimo. O fogo perpétuo do altar s ignifica a continuidade do culto; comparar com a luminária perpétua (Lv 24,2-4).
[iii] Os vv. 12- 16, ausentes no ms grego A, referem-se aos ritos de investidura (cf. 8,26; 9,4) e interrompem o ritual comum.
[iv] O sacerdote não pode fazer uma oferenda e recebê-la: a ideia é mais de uma dívida para com Deus do que a de uma participação na vida divina, como no sacrifício de comunhão (3,1 s; 7,10s; cf. 7,28-34).
[v] O sacrifício pelo pecado de um homem do povo não pode ser consumido por aquele que o oferece, pois sua culpa não está ainda expiada (cf. 4,12+), mas os sacerdotes podem comer dele. A regra é a mesma para o sacrifício de reparação (7,6.8-10).